Câmara de Corbélia aprova audiência pública sobre obrigatoriedade da vacina contra a COVID em crianças

A Câmara Municipal de Corbélia viveu uma noite atípica nesta segunda-feira (07), durante a sessão legislativa que aprovou, por unanimidade, o requerimento do vereador André Lira para a realização de uma audiência pública sobre a obrigatoriedade da vacina contra a COVID-19 em crianças e bebês. Mais de 100 pessoas lotaram o plenário, demonstrando o interesse e a mobilização da comunidade em torno do tema.

O vereador André Lira defende que a iniciativa visa garantir o direito dos pais de decidirem sobre a vacinação de seus filhos. Ele enfatizou que não se trata de uma posição contra as vacinas em si, tampouco um questionamento sobre sua eficácia, mas sim uma crítica à imposição da obrigatoriedade, que, segundo ele, fere os princípios democráticos.

“Estamos atendendo ao clamor de centenas de famílias que querem ser ouvidas. O que está em debate aqui não é ciência, é liberdade. Quem deve decidir se uma criança deve ou não ser vacinada são os pais, e não o Estado”, declarou Lira durante a sessão.

O vereador também mencionou que o Conselho Mundial de Saúde enviou uma carta ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo a revogação imediata da obrigatoriedade da vacina em crianças, alegando que o Brasil é o único país do mundo a manter essa exigência específica.

Com a aprovação do requerimento, a Câmara Municipal agora se prepara para definir a data da audiência pública, que reunirá autoridades, profissionais da saúde, pais e representantes da sociedade civil. O objetivo é ampliar o debate e unir forças com outros municípios que também estão promovendo eventos semelhantes.

“A audiência será uma oportunidade para demonstrar às autoridades que a grande maioria da população é contrária à obrigatoriedade e deseja o direito de escolha. Vamos dar voz a quem muitas vezes é ignorado nos grandes centros de decisão”, completou Lira.

A movimentação em Corbélia reflete uma crescente mobilização popular em diversas regiões do país, onde o tema da vacinação infantil contra a COVID-19 segue gerando discussões intensas entre a liberdade individual e as políticas públicas de saúde.