Um dia depois do escândalo envolvendo o secretario de Corbélia, as fraudes investigadas pelo Gaeco na saúde pública do município foram motivo de discussão do conselho. A reunião já estava marcada e a pauta definida. Porém, depois da exoneração de Francisco da Costa, quebrar o protocolo já inevitável o tema ainda será discutido nas próximas reuniões do grupo, que deve acompanhar o desdobramento das investigações.

O conselho aprovou inclusive diversos ofícios, que já haviam sido encaminhados à secretaria de saúde. Documentos, pedindo o relatório do cartão ponto com a freqüência de mídia e funcionários. O primeiro pedido assinado pelo presidente do conselho está datado de julho deste ano e como não foi respondido, outros dois documentos cobrando as respostas, foram encaminhados em setembro. As assinaturas do prefeito e do secretário de Córbelia confirmam o recebimento. O documento foi encaminhado e assinado também pelo secretário da fazenda. Mas até agora, o conselho não recebeu nenhuma explicação. Isso que existe a resolução assinada pelo próprio secretário dizendo que as informações são obrigatórias. 

Mesmo antes da operação, Córbelia já passava por crise na saúde pública para contenção de gastos dos quatro postos de saúde. Apenas o central está aberto para consultas e o atendimento é motivo de reclamação.

A operação que descobriu fraudes na saúde pública foi desencadeada na terça feira pelo Gaeco. O secretário de saúde, Francisco da Costa, o ?Chico bala?, foi detido. Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Cascavel, Toledo, Vera Cruz do Oeste e Córbelia. A investigação dá conta da possibilidade de que pelo menos três médicos estejam envolvidos no esquema, cumprindo menos horas do que recebem.