A crise financeira obrigou o prefeito de Corbélia, Ivanor Bernardi, a cancelar a Expobélia. A Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial seria realizada em dezembro, para comemorar o aniversário do Município. A decisão foi tomada durante reunião com a equipe de governo, realizada na quinta-feira (15). Para justificar o cancelamento Ivanor alegou que o evento demandaria recursos públicos na ordem de R$ 80 mil, considerado um volume alto diante da situação econômica que o país atravessa.

Esse dinheiro, segundo ele, será utilizado para a composição do bolo de recursos necessário para a folha de salários e do 13º. “O momento não é de festa. Os prefeitos estão preocupados em juntar recursos para fazer frente às despesas. Temos as máquinas paradas e não há como justificar o gasto de 80 mil em um momento como esse”, argumentou. Ivanor acredita que a população saberá compreender a dificuldade e pediu que seja feita uma programação festiva de baixo custo.

Ele já vem trabalhando em regime extremo de contenção. As máquinas pesadas, por exemplo, estão paradas no pátio. O secretário de Obras, Reinaldo Boscolo, confirmou a equipe de reportagem do Jornal ABC que recebeu uma cota restrita para combustível e ao fechar o volume concedido, é obrigado a encostar os equipamentos.

As estradas do interior só têm sido recuperadas nos pontos críticos, aqueles que possam bloquear o trânsito. Para tentar driblar a crise e evitar o caos, o Município instituiu parcerias com produtores rurais. “Quando os produtores estão dispostos a custear óleo diesel o Município oferece as máquinas e os operadores”, explicou o prefeito. Ele conta que diversos trechos já foram recuperados através dessas parcerias.

Saúde
O Prefeito, Ivanor Bernardi, afirmou que o Pronto Atendimento Médico vai continuar funcionando ininterruptamente. Há cerca de um mês ele chegou a pensar no fechamento do turno da madrugada, mas um estudo de demanda e custos, apresentado pelo secretário de Saúde, Francisco Celiomar, fez com que Ivanor mudasse de ideia. “Não há como fechar o pronto atendimento. É inviável”, disse desta vez.

O prefeito confirmou, entretanto, que vai reduzir o número de médicos nos postos de saúde. São, basicamente, os profissionais que trabalham fora do concurso público, aqueles contratados através de processos seletivos simplificados. Com essa decisão a Secretaria de Saúde vai estimular a centralização do atendimento médico sem, contudo, promover a interrupção do atendimento nos postos. “O que está sendo feito é uma otimização temporária”, justificou.