Corbélia, 25/11/2024
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Lei que regulamenta a lotação dos ônibus e metropolitanos não é cumprida

Cotidiano | Publicado em 14/08/2010 12:20



A superlotação do transporte coletivo de Cascavel é uma reclamação constante dos passageiros. Mas, situação semelhante é enfrentada diariamente por quem depende do transporte intermunicipal, principalmente das linhas metropolitanas, que chegam e saem da cidade em alguns horários com capacidade de lotação acima do permitido por lei. “Sempre vem e volta cheia. Imagino quem pega todo dia e vem trabalhar aqui em Cascavel, já chega cansado pelo aperto do ônibus”, conta Célia Braz Pinto, passageira da linha Corbélia-Cascavel.

Segundo Célia os horários de pico, de manhã e final de tarde são os piores, justamente porque concentra o maior número de trabalhadores que dependem deste transporte. “No horário até 8h30 vem muita gente em pé e espremida, então chega aqui já tendo que começar o trabalho depois de um aperto deste. Trabalhador sofre”, revela ao citar que a viagem no metropolitano demora aproximadamente 50 minutos e custa R$ 2,35, valor que considera ser possível da empresa melhorar a prestação de serviço e aumentar a quantidade de veículos nestes horários problemáticos.

No ônibus metropolitano a empresa pode transportar além dos lugares dos assentos, mais alguns passageiros em pé, mas é proibido passar desta lotação, pois apresenta riscos de segurança. Em um ônibus padrão são 51 lugares sentados e mais 28 em pé, totalizando 79 passageiros no máximo. Em caso de capacidade máxima atingida, o motorista não deveria mais parar para embarque, mas segundo passageiros não é assim que acontece. “Eles vão parando e carregando cada vez mais, vão socando gente”, conta Tatiana Galaciani Krulikauwski.

A passageira que utiliza o metropolitano Santa Tereza- Cascavel revela que falta ônibus e a consequência são linhas sempre cheias. “Manhã e final de tarde é assim, muito lotado”, reforça ao garantir que a quantidade de passageiros com certeza é além da capacidade, pois o desconforto é nítido. Tatiana salienta que a superlotação representa perigo, pois em caso de acidentes, os prejuízos podem ser piores. “Ainda falta um horário intermediário entre as 7 horas e 10 horas para vir e os pontos aqui são muito longe”, reclama.

 

Sem escolhas

 

Um dos problemas pontuados pelos passageiros é a falta de opções, pois não há concorrência, ou seja, cada empresa realiza uma linha, então ao passageiro resta ou utilizá-la ou encontrar outro meio de locomoção. “Para nós foi bom ter o metropolitano, antes a gente pagava de Catanduvas para Cascavel R$ 9,00, e agora é R$ 2,45, mas é apertado”, conta Carmelite Souza Belinata. Para a passageira se não utilizasse o transporte interestadual teria que viajar de carro e o pedágio encarece ainda mais. “Não sobra outra escolha”, pontua.

João Veiga de Campo Bonito também está nesta situação, sem alternativa opta pelo metropolitano, mas apesar de pagar R$ 5,05, passa uma hora da viagem “em aperto”. “Este só tem dois horários durante o dia, a gente vem cedo e vai embora de tarde, acho que por isto fica tão cheio”, reforça ao contar que na quinta-feira (12) na vinda para Cascavel foi “todo mundo espremido”. “Vem muita gente em pé, lotado, é ruim porque tem que ficar no aperto”, salienta.

 

Satisfação

 

Para Toledo, a passageira Rosane Aparecida do Santos garante que não enfrenta este problema da superlotação, pois acredita que tem vários horários e isto distribui os usuários. “Não vem e volta todo mundo no mesmo ônibus porque tem outros depois em pouco tempo”, revela ao citar que está satisfeita com o serviço ao pagar R$ 3,45. Rosane comenta que somente em algumas ocasiões ocorre a superlotação, em vésperas de feriados, por exemplo, e em determinados horários. “Mas não é muito não, é tranquilo”, avalia.

Fonte: http://www.cgn.inf.br


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