Corbélia, 29/11/2024
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Estupro e morte de adolescente de Corbélia em 2004 serão julgados

Cotidiano | Publicado em 06/07/2013 11:46

O réu confesso fugiu da cadeia em 2006 e é considerado fugitivo
 
Um dos crimes mais brutais já ocorridos na região Oeste em 2004 será julgado nesta manhã no Fórum de Cascavel. A morte da adolescente Cláudia Graziela Matte, aos 16 anos, abalou familiares e a população do Assentamento São Francisco, em Cascavel.
 
A garota foi estuprada, torturada e assassinada por asfixia por um vizinho na tarde do sábado do dia 27 de março de 2004. O corpo da jovem foi encontrado no dia seguinte, com marcas da violência, jogado em uma moita de espinhos.
 
Acusado pelo crime, o agricultor Jair Miranda foi preso poucas horas depois e confessou o crime. Em depoimento, Jair detalhou como encontrou e matou a adolescente.
 
De acordo com o que contou à polícia, Jair havia estado com a companheira para tentar reatar o relacionamento após uma briga. A mulher, identificada como Neusa, ameaçou acionar a polícia então ele resolveu se esconder em meio a uma mata. Pouco depois, a vítima passou pelo local a caminho da igreja, onde se encontraria com amigas.
 
Ele declarou que se aproximou de Cláudia e perguntou sobre Neusa. A garota disse que a mulher estava bem e então ele a agarrou pelo braço e a jogou no mato, acertando-a com um pedaço de madeira na cabeça.
 
Jair a violentou. Percebendo que a garota ainda estava viva, ele desferiu-lhe outros golpes na cabeça e em seguida a asfixiou, usando as mãos. Já sem vida, a jovem foi lançada em uma moita de espinhos com o corpo seminu.
 
A brutalidade chocou até mesmo os policiais que atenderam a ocorrência.
 
SEM ESPERANÇAS
 
A mãe de Cláudia, Gertrudes Matte, que ainda mora em Corbélia, conta que foram os momentos mais difíceis que a família já passou. “Naquela época eu e meu marido só pensávamos em morrer. Não acreditávamos que nossa filha querida estivesse morta, ainda mais de uma forma tão cruel”, disse.
 
Gertrudes disse que conhecia o acusado de vista, mas que não tinha amizade com ele. “Nós sabíamos que ele existia porque tinha um caso com uma vizinha, mas nunca fomos de amizade”, ressaltou.
 
A mãe assistirá ao júri hoje com o marido e o outro filho. 
 
Réu fugiu da cadeia
 
Acusado da morte de Cláudia Graziela Matte, Jair Miranda foi preso em flagrante pela polícia de Cascavel, mas, por questões de segurança, foi transferido para Matelândia. Só que em 20 de janeiro de 2006 ele conseguiu fugir da cadeia e nunca mais foi localizado.
 
De acordo com servidores da 1ª Vara Criminal, um mandado de prisão foi expedido na época e reforçado nos últimos dias, mas ele não foi encontrado.
 
Mesmo sem a presença do acusado, a sessão deve ocorrer normalmente e Jair deve ser julgado à revelia. O julgamento está marcado para começar às 8h30 na sala de Júri do Fórum de Cascavel. 
Fonte: OParaná


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