Corbélia, 30/11/2024
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MP-PR quer que TIM seja investigada pela Justiça e não pela Anatel

Cotidiano | Publicado em 14/08/2012 21:48

Juíza entendeu que papel de investigar as operadoras é da Anatel e não das justiças dos estados, por isso, MP vai recorrer da decisão... O MP-PR (Ministério Público do Paraná) encaminhou nota nesta terça-feira (14), informando que vai recorrer ao Tribunal de Justiça para que a operadora de telefonia TIM cpossa ser investigada e punida pela Justiça Paranaense. A decisão da juíza Patrícia de Fício Lages de Lima negou essa possibilidade, alegando que cabe a Anatel regular os serviços prestados e não às justiças dos estados. Veja a nota na integra: A decisão da Juíza de Direito Substituta Patrícia de Fício Lages de Lima negou à Justiça do Estado o poder de julgar a causa envolvendo telefonia sob o argumento, em resumo, de que a “Anatel, como agência reguladora dos serviços prestados pela ré, poderá não só trazer aos autos dados relevantes para o julgamento da causa, como também estudar a aplicação de penas alternativas à ré pela eventual aplicação das normas referentes à prestação de serviços na área das telecomunicações”. A justificativa apresentada não importa na presença obrigatória da Anatel nos autos, portanto, fere a súmula vinculante 27 do Supremo Tribunal Federal que diz: “Compete à Justiça Estadual julgar causas entre consumidor e concessionária de serviço público de telefonia, quando a Anatel não seja litisconsorte passiva necessária, assistente, nem oponente”. Os pedidos realizados pelo MP-PR são todos contra a TIM e não envolvem a Agência Reguladora (indenização dos consumidores, paralisação da venda de movas linhas, dano moral coletivo). Não há nisso nada que prescinda de atuação ou intervenção da Anatel. Se a interpretação da magistrada fosse levada a outros temas, não poderia a Justiça Estadual, por exemplo, atuar em casos envolvendo planos de saúde, adulteração de combustíveis, energia elétrica, porque para todas estas áreas existem Agências Reguladoras. Diante disso, o Ministério Público informa que vai recorrer da decisão à instância superior (Tribunal de Justiça), para que a Justiça Paranaense possa decidir o caso conforme pedido na ação.
Fonte: CGN


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