As mãos mostram as marcas que o tempo deixaram. Os cabelos brancos reflexos da experiência. Essa é Etelvina dos Santos Barbosa, que em meio à pandemia da Covid - 19, abriu a casa onde mora em Penha, Distrito de Corbélia, para contar sua história de vida, que dependeu de muita luta.
Dona Etelvina, nos levou em um dos cantos preferidos da casa: o altar onde reza diariamente. Devota de Nossa Senhora da Aparecida, e sem poder sair de casa por conta das medidas da Covid-19, ela diz que sente faltar de ir à missa.
No documento de identidade, aparece a data de nascimento: 10 de maio de 1915. E o destino quis que essa data histórica, de aniversário de 105 anos, coincidisse com o domingo dia das mães.
Mineira de Caratinga, em 1962 veio ao lado de seis dos oito filhos de caminhão de pau de arara para Corbélia em busca de condições melhores. Viúva, teve oito filhos, três já faleceram. Mas a família ainda é grande, são 59 netos, 36 bisnetos e 18 tataranetos.
Adorava cozinhar, costurar, o que hoje a vista cansada pela idade teve de ser deixada de lado.
De saúde, simplicidade e sabedoria incrível ela vive rodeada das filhas. É quando perguntamos sobre o momento que vivemos, em meio a essa pandemia, ela se mostra assustada.
Com saúde, simplicidade e sabedoria incrível ela vive rodeada das filhas.