Pelo menos 14 encontros políticos já foram realizados em Corbélia, em apenas um mês. Todos tratam sobre as eleições de outubro. A situação é bastante conturbada e tornou-se assim depois que o prefeito, Giovani Hnatuw, anunciou disposição em concorrer à reeleição. Há 20 dias Giovani disse, durante entrevista exclusiva ao Jornal ABC, que não terminou os projetos para Corbélia. Disse também que pretende disputar a reeleição ao lado do atual vice-prefeito, Dangeles Decki.
O anúncio serviu como graveto para provocar ebulição no cenário político. A noticia sobre o interesse de Giovani para a reeleição já era esperado, porém
alguns que apoiavam a reeleição, sonhavam em ter chance de participar da chapa majoritária. A indicação de Dangeles como pré-candidato a vice-prefeito, caiu como um balde d’água fria e chegou a provocar decepção no grupo de apoio.
Analistas políticos consideram que o anúncio do prefeito definiu, claramente, quem são as pessoas que Giovani pretende ter ao seu lado e isso leva segurança tanto para o grupo político quanto para os eleitores. Por outro lado, houve integrantes dentro do grupo que se sentiram desprestigiados. Alguns desses insatisfeitos, estão dentro do próprio partido do prefeito, o MDB. Outros, pertencem a grupos mais distantes.
O presidente da Câmara de Vereadores, Eli Stefanello, por exemplo, pertence ao PP, partido do vice, Dangelles Decki. Ele não escondia de ninguém a intenção de buscar uma posição mais elevada no cenário político. No meio da semana Stefanelo disse ao Jornal ABC que vai esperar apenas o período da janela migratória para abandonar o ninho. Evitou detalhes, mas disse que caso essa posição seja mantida, pode ocorrer uma revoada.
Outro que se mostrou contrariado é o secretário de Industria e Comércio, Jair Fontana (MDB). Ele vem dizendo, informalmente, que vai se desincompatibilizar em março e está disposto a encarar a disputa majoritária. Procurado pelo Jornal ABC, Jair confirmou apenas que deixa o cargo nos próximos meses. Disse que pretende estar liberado para a disputa, mas negou qualquer indisposição com o prefeito.
O anuncio também deixou irritados alguns “figurões” da política local. Eliezer Fontana, que foi prefeito por oito anos anunciou em um desses encontros que está fora do grupo e vai em busca de novas conquistas. Como está impedido de participar da disputa, ele ensaia coordenar campanhas políticas em outras cidades. Hoje, porém, o filho de Elizer, Andrio Fontana, é o diretor da Pasta do Meio Ambiente.
Ao Jornal ABC Eliezer justificou que o grupo que apoiou a eleição de Giovani não foi consultado sobre a decisão. “Foi avisado apenas. Acho que eles não ganharam, sozinhos, a eleição. Por isso é importante a conversa”, justificou.
Nos grupos, declaradamente, oposicionistas, também houve movimentação. Clovis Bombarda, ex-prefeito, tem sido visto fazendo visitas nos bairros e há quem diga que está costurando a viabilidade de uma candidatura. Volmir Reis, o Nêne, também anunciou ao Jornal ABC disposição em concorrer ao cargo, mas nos bastidores há quem diga que ele pode lançar o nome para reeleição na Câmara de Vereadores. Nêne tem sido visto com o vereador Juliano Schimitt, o Chui que corre por fora em busca do sonho de tornar-se prefeito.