Dois anos após crime, julgamento do homicídio de Thiago é realizado em Corbélia
Familiares da vítima estenderam faixas e usaram camisetas cobrando por justiça
Corbélia | Publicado em 23/08/2019 15:53
Familiares e amigos chegaram bem cedo para o julgando do réu acusado de matar Thiago Bruno Fabris Sartori. Eles estenderam cartazes em frente à Câmara de Vereadores de Corbélia, onde o júri popular está sendo realizado. Os mais próximos vestiram camisetas confeccionadas para homenagear a vítima. Dois anos e cinco meses após a morte de Thiago eles pedem que a justiça seja feita.
O pai de Thiago acompanha o julgamento, mas sem esboçar qualquer reação, sempre concentrado e demonstrando um certo nervosismo com o desfecho do processo. O crime aconteceu em maio de 2017 em Ouro Verde do Piquiri, distrito de Corbélia. Luiz Fernando Brandão, que à época tinha 19 anos, desferiu um golpe de faca no rosto de Thiago em frente à residência da família. Antes a vítima havia ajudado a separar uma briga que tinha acontecido em uma comunidade do interior de Anahy, mas sem entrar em conflito com o réu, envolvido na confusão. A promotoria de justiça pede uma condenação por homicídio duplamente qualificado.
A namorada, Amanda Paulino foi a primeira a ser ouvida. Ela estava com Thiago no momento exato do crime e junto com a madrasta do jovem foi a primeira a socorrer a vítima. Ela afirmou que não houve luta corporal entre Thiago e Luiz ,e que apenas um golpe de faca foi suficiente para tirar a vida do namorado. Ela se emocionou ao lembra da conversa com os médicos no Hospital Universitário.
A madrasta prestou depoimento depois da namorada. Márcia Sartori contou que Thiago chegou a falar com ela antes de cair no chão desacordado. No primeiro momento ela não imaginou que o jovem havia levado uma facada. Ela confirmou que Luiz e Thiago nunca tiveram qualquer desavença antes do crime. Na sequência Dione, amigo de Thiago é que estava com ele na festa em Anahy, confirmou que o grupo foi separar a briga, que houve xingamentos, mas que em nenhum momento teve ameaças. Não estava com a vítima no momento do crime. A irmã de Luiz também foi ouvida. Iane Carolina Pazetti afirmou que Luiz havia brigado em Anahy por conta de uma dívida pequena com um dos envolvidos, por uma venda de uma bicicleta. Ela presenciou duas brigas do irmão no mesmo dias e teria ouvido Thiago ameaçar o réu.