Horário de verão termina domingo e pode ser o último
Cotidiano | Publicado em 12/02/2019 10:18
O Horário Brasileiro de Verão 2018-2019 termina no próximo final de semana. Exatamente à 0 hora do dia 17 de fevereiro, os relógios deverão ser atrasados em uma hora nos Estados em que o Horário de Verão é válido. Com isso, os relógios voltarão às 23 horas de sábado, 16 de fevereiro.
O Horário de Verão é válido nos seguintes Estados: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal. Com o m do Horário de Verão, o relógio atrasa, ou seja, "ganhamos" uma hora e, por isso, algumas pessoas muitas vezes vão dormir mais tarde. Porém, essa "hora extra" deveria ser utilizada para descansar e tornar a adaptação mais rápida.
O Horário de Verão é polêmico, uns amam e outros odeiam. Existem projetos para acabar com o horário diferenciado e o novo Governo Federal deverá decidir, no final deste ano, se mantém ou acaba com o Horário de Verão 2019-2020. Um dos principais motivos apresentados por aqueles que pedem o fim do Horário de Verão é que a economia de energia, seu principal objetivo, não está sendo alcançado nos últimos anos.
Desde 2008, um decreto presidencial estabelece as datas para o início e término do programa, usado para gerar economia de energia. Contudo, o horário de verão vem perdendo importância.
Nos últimos anos, o horário de pico no consumo de energia se deslocou do início da noite para o início da tarde, principalmente no verão, quando um maior número de aparelhos de ar condicionado está em operação. O programa foi instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932 e vem sendo adotado continuadamente desde 1985. A extinção em definitivo do horário de verão em todo o território nacional está sendo analisada na Comissão de Infraestrutura (CI).
A proposta (PLS 438/2017) é do senador Airton Sandoval (MDB-SP) e está sendo relatada pelo senador Valdir Raupp (MDB-RO).Sandoval questiona a alegação de que, ao se adiantar o horário legal em parte do território nacional, proporciona-se maior aproveitamento da luz solar, o que reduz o uso de energia com iluminação artificial.
Para o senador, essa tese não sobrevive a uma análise econômica mais ampla. Na justificativa do projeto, ele cita vários estudos feitos em países diversos que vinculam a adoção do horário de verão com o desenvolvimento de doenças e problemas de saúde, como aumento de infartos do miocárdio, aumento da pressão arterial e agravamento do diabetes mellitus tipo 2.
Segundo o autor, a privação do sono causada pelo horário de verão tem vários efeitos: irritabilidade, comprometimento cognitivo (aprendizagem), perda ou lapsos de memória, comprometimento do julgamento moral (que levaria à prática de crimes).
Sonolência, bocejos, alucinações, comprometimento do sistema imunológico, agravamento de doenças cardíacas, arritmias cardíacas, redução no tempo de reação (causa acidentes no trânsito), tremores, dores, redução da precisão (leva a acidentes de trabalho), aumento dos riscos relacionados com a obesidade e supressão do processo de crescimento (em adolescentes) também são outros efeitos relacionados pela variação do horário.
Fonte: Catve