Seu Cláudio veio conferir como ficou a casa depois de mais um alagamento em Corbélia. No dia seguinte restou a segunda marca de lama nas paredes e a sujeira presa nas grades. Em questão de minutos a chuva de ontem a tarde foi suficiente para elevar o nível do rio e transformar o que restou da rua em uma verdadeira cachoeira.

Os transtornos dos moradores da Rua Violeta, na Vila Unida, em Corbélia começaram em dezembro do ano passado. Naquele dia o volume de água foi tão grande que destruiu parte da rua e os muros e invadiu as casas. Quase dois meses depois nada foi feito.

Cinco famílias ficaram desabrigadas, de algumas casas não restou praticamente nada. Agora elas vivem de aluguel do município, mas por apenas quatro meses, a partir daí, o futuro é de incerteza.

A demora se deve ao processo de avaliação das duas casas que precisarão ser demolidas para as obras de reparação do local. Ainda não há valores oficiais, mas a proposta do município deve ser a permuta de terrenos.

Parte do lote de dona Maria também é atingido pelos alagamentos. No entanto ela afirma que não pretende deixar o local.

A recuperação do sistema de galerias para escoamento da água e da rua deve custar R$ 200 mil reais. Dinheiro que a Prefeitura de Córbelia não tem. Mesmo assim a garantia é de que tudo estará pronto em 90 dias.

A cratera no meio da rua não é a única consequência da chuva que Córbelia precisa administrar. Até hoje a telhas danificadas no temporal de setembro de 2013 não receberam a destinação correta. Estão amontoadas em um terreno particular emprestado.

Uma empresa de Cascavel faz a destinação ambientalmente correta, mas cobra pelo serviço. O volume acumulado em Córbelia custaria segundo o prefeito até R$ 400 mil reais.