Bugrão reduz o próprio salário e adota medidas para superar crise
Cotidiano | Publicado em 27/09/2015 09:38
O prefeito de Cafelândia, Valdir Andrade da Silva, o Bugrão, decidiu reduzir o próprio salário, em 10%. A decisão foi publicada no Diário Oficial Eletrônico através de um decreto. Está sendo tomada para tentar superar a crise financeira do Município. A medida vale a partir de setembro. Com a decisão, o próximo salário dele, que entra na conta no último dia útil do mês, terá redução de, aproximadamente, R$ 1,5 mil. Também terão redução de salário o vice-prefeito e todo o primeiro escalão, incluindo os secretários municipais.
A redução de salário vai perdurar por 120 dias, mas é apenas uma entre um conjunto de medidas de contenção. O decreto pode ser revogado a qualquer momento, desde que as receitas municipais melhorem. Bugrão justificou que a queda na arrecadação fez com que o volume de despesas crescesse bastante. O Município está investindo 27% do orçamento em Saúde, 26%, em Educação e a folha de pagamento, segundo ele, chegou ao limite prudencial, batendo na casa dos 51%.
O prefeito também anunciou redução das funções gratificadas; redução das diárias; diminuição no consumo de combustível; redução nas despesas de água, luz, telefone e até redução nas despesas de Correios. Informou ainda, que a partir de agora as licenças-prêmio deixarão de ser concedidas, momentaneamente, e admitiu o turno único, mas essa é uma decisão que está sendo tomada em conjunto com outras prefeituras.
Bugrão fez questão de destacar que o Município vem repassando cerca de R$ 250 mil por mês para a Câmara de Vereadores e explica que os gastos do Legislativo ficam bem abaixo deste valor. O resultado, segundo ele é um alto volume financeiro amortecido no caixa do Legislativo que poderia estar sendo utilizado em benefício da população.
“Sempre, em toda a história do município, os prefeitos repassavam o valor gasto pelo Legislativo, que não passava de 3% do orçamento. Entretanto, o nosso governo foi cobrado e vem repassando mensalmente os 6% que é o limite máximo estabelecido em lei. Isso representa R$ 250 mil por Mês para a Câmara de Vereadores”, disse.
“Há, no Legislativo, um valor em caixa de aproximadamente R$ 1,7 milhão, que poderia estar sendo utilizado em obras e benfeitorias para a população”, esclareceu. Bugrão vai conversar com a presidente, Terezinha Hellmann para tentar um acordo e fazer com que o dinheiro que não está sendo utilizado, possa retornar para a Prefeitura.