Ivanor estuda fechar o pronto socorro durante a madrugada
O prefeito passa o fim de semana estudando propostas de contenção de gastos
Cotidiano | Publicado em 19/09/2015 09:54
O prefeito de Corbélia, Ivanor Bernardi, admitiu, pela primeira vez, que pensa em fechar o turno da madrugada no Pronto Socorro Municipal. O principal motivo está relacionado ao alto custo de manutenção do sistema. Ivanor está bastante preocupado com a situação financeira do Município e estuda a adoção de um plano de contenção. Ao longo da semana, já se reuniu o secretário de Saúde, Francisco Celiomar para tratar exclusivamente do caso. No encontro o prefeito pediu um relatório detalhado sobre o volume de atendimento e uma planilha de custos.
O prefeito também estuda a possibilidade de firmar um convênio entre o Município e um hospital local para que o hospital assuma o atendimento no período em que o pronto socorro estiver fechado. Essa proposta deve ser tratada como prioridade, já no começo da semana. Ivanor admitiu ao Jornal ABC, que as mudanças devem ser feitas já no começo de outubro. “Se ficar constatado que há como economizar, faremos isso imediatamente”, declarou.
Ivanor justificou que os plantões médicos têm custos elevados. Além disso, há toda a estrutura técnica e de enfermagem que encarecem bastante o atendimento durante as madrugadas, em função do baixo volume de procura. A proposta é fazer com que o Pronto Socorro funcione de forma ininterrupta durante o dia, até a meia noite. Por outro lado os pacientes que precisarem de atendimento durante as madrugadas deverão ser atendidos diretamente no Hospital.
Na prática o atendimento no Pronto Socorro Municipal já vem sendo motivo de reclamações da comunidade. Entre os queixosos há quem diga que durante a madrugada não há medico disponível e o atendimento é feito apenas por uma auxiliar de enfermagem. “Quem sai de casa de madrugada em busca de socorro é porque tem muita necessidade, mas ao chegar no Pronto Socorro, recebe apenas analgésicos até de manhã, quando chega a equipe médica”, denunciou uma mulher, que preferiu não ser identificada.