Reajuste aos servidores causa confusão na sessão da Câmara de Corbélia
Houve bate-boca entre servidora e vereador, com acusações
Cotidiano | Publicado em 01/09/2015 16:58
Casa cheia e olhos atentos. Tanta concentração era para acompanhar o debate sobre um projeto de lei polêmico na Câmara Municipal de Corbélia.
Trata-se do reajuste aos servidores do município referentes a 2013, 2014 e 2015. É que os três aumentos levando em conta a inflação foram dados por meio de decreto do prefeito. Atitude considerada ilegal. "A casa entendeu que isso não deve ser feito. São três anos, lá em 2013, como foi colocado a casa fez os três anos por lei com relação aos funcionários dessa Casa e foram sancionadas pelo próprio prefeito".
A proposta referente ao reajuste de 2015 foi a Câmara como decreto e foi derrubada pelos vereadores em primeira votação. Tudo isso gerou muita confusão na cabeça dos servidores. "Tecnicamente votando a favor eliminou-se a votação passada que dava a perda de 20% segundo que se comentava em redes sociais".
Durante a sessão muito bate-boca. Um vereador acusou em plenário uma servidora por mandar mensagens de baixo calão por redes sociais. "Ele me acusou na frente de todos de ter xingado a mãe dele, disse que tem no celular dele, disse pra ele mostrar, mas não o fez".
"A gente sabe como é a rede social, a gente acaba não conseguindo se justificar, aparecem pessoas com fakes e inflamadas, e fica difícil se justificar nas redes sociais".
Agora a proposta que voltou a Câmara em forma de projeto de lei será analisada pelas comissões e deverá ser votada na próxima segunda-feira, e a população estará presente.
Por aqui a população também já se uniu pedindo a redução dos salários e a redução dos vereadores. "Um aposentado vive hoje com um salário mínimo".
A iniciativa tem ganhado força em todo o Paraná, em Assis Chateaubriand várias entidades se reuniram na semana passada e fizeram um abaixo-assinado lembrando uma carta compromisso assinada em 2012 por 8 dos 13 vereadores eleitos.
Em Corbélia o salário de um vereador é de R$ 3.770,00, em Assis passa de R$ 4 mil. A intenção é pedir que todos sobrevivam com apenas um salário mínimo.