Um grupo de servidores municipais de Corbélia promete ocupar o prédio da Câmara de Vereadores, na segunda-feira (31). Eles tentam pressionar o Legislativo a reavaliar a votação de pelo menos três projetos de lei que foram rejeitados pela maioria absoluta. Os projetos foram encaminhados pelo Executivo para corrigir um erro apontado pelo Tribunal de Contas. Nos últimos três anos os reajustes salariais foram validados por decreto, mas o Tribunal entende que é necessária a criação de uma lei específica votada pelo Legislativo.

 

Nas últimas semanas a equipe da Prefeitura trabalhou na elaboração dos projetos para corrigir as distorções e os encaminhou para votação. Na sessão do dia 24 o Legislativo votou os projetos 027, 028 e 029, que legalizam os reajustes salariais dos últimos três anos, mas a votação terminou com seis votos contrários e apenas 04 favoráveis.

 

Antes da votação em primeiro turno, o líder do governo, Edson Vianei Barela, chegou a fazer um pedido de vistas. Alegou que o grupo precisava de mais tempo para analisar, detalhadamente, cada projeto. A proposta foi colocada em votação, mas o pedido foi recusado. A vereadora Guiomar Jandrey, única que se manifestou, disse que votaria contra porque, segundo ela, houve negligencia do Executivo.

 

“Esses reajustes tinham sido aprovados em forma de resolução. Porém, o Tribunal de Contas é bem Taxativo em determinar que isso seja feito em forma de lei”, argumentou. Guiomar disse também que a equipe que cuida dessa questão é formada por profissionais bastante experientes por isso, entende que houve negligência porque foram três vezes.

 

O resultado deixou revolta no quadro geral. Durante a semana chegaram a ser realizadas várias reuniões para tentar aplacar as animosidades. Na quinta-feira o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Corbélia chegou a emitir uma nota onde diz que está buscando entendimento com o Executivo e com os próprios vereadores. Convocou a categoria a participar de um encontro nesta segunda-feira (31), às 19 horas, na Câmara de Vereadores. A situação, entretanto, pode não ser esclarecida uma vez que o grupo contrário ao projeto parece firme nas convicções.