A falta de pagamento do governo federal gerou uma dívida de mais de R$ 4 milhões ao consórcio intermunicipal Samu Oeste. Sem expectativa dos repasses atrasados há mais de um ano, as prefeituras da região terão que arcar com prejuízos, caso contrário, o serviço será extinto. Assembleia realizada ontem na Amop propôs a abertura de chamada de capital para liquidar o déficit financeiro de R$ 4.299.442,96. Os 43 consorciados terão que pagar R$ 4,71 por cada habitante do município. “Ou assumimos a conta ou paramos o serviço. Não há mais o que fazer. Até o momento, prestamos atendimento de qualidade, que inclusive serve de exemplo para outras regiões que têm consórcios instalados. Agora, chegou o momento de buscar a diferença para quitar as contas”, afirma o prefeito de Cascavel Edgar Bueno, que é presidente do Consamu.As informações são d'O Paraná.a

 

A continuidade dos atendimentos depende do aporte das prefeituras. Embora o número de inadimplentes tenha diminuído, existe ainda pendência de R$ 1.271.007,03 entre os consorciados. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 31 e deverá decidir pela extinção ou não do Consamu. “Cada prefeitura deve bancar uma diferença até que o governo federal reconheça os nossos serviços. Depois disso, voltamos à normalidade. Precisamos saldar contas do ano passado e deste”, completa Edgar.

 

Os prefeitos fizeram cobranças em Brasília para que o Consamu seja atendido. “Temos alguns deputados em defesa da nossa causa, mas a realidade é que o governo federal não tem dinheiro e está nos enrolando”, ressalta o prefeito Edgar. 

 

O secretário-executivo do Consamu, José Peixoto, afirma que as habilitações pendentes são de três USAs (Unidades de Suporte Avançado) e do helicóptero. “O nosso déficit mensal é em torno de R$ 500 mil pela falta de habilitação e qualificação desses serviços”. Diante das dívidas, o consórcio encontra dificuldades para acertar encargos trabalhistas. “Já fizemos parcelamento em 60 meses para pagar INSS, PIS e Imposto de Renda”, acrescenta Peixoto. 

 

Hoje, o Consamu recebe R$ 664.975 por meio de verbas estaduais e federais para o custeio da frota. Após publicação de portaria para os veículos ainda não reconhecidos pelo governo, o repasse total poderá chegar a R$ 1.036.669. “Contamos com essa quantia para o nosso orçamento, mas ainda não sabemos quando vamos conseguir o dinheiro”