PDT faz convenção mas espera um nome do PMDB na eleição em Cafelândia
Clair Spanhol quer fortalecer o PDT e não descarta ser candidato a vice-prefeito
Cotidiano | Publicado em 15/08/2015 09:16
O diretório municipal do PDT, de Cafelândia, realiza neste sábado a convenção partidária para a escolha da nova diretoria. A informação foi confirmada pelo presidente, Clair Spanhol. A partir de agora, o Partido se estrutura para a disputa das próximas eleições, marcadas para outubro do ano que vem. A proposta é reforçar o grupo para conseguir chapa completa de vereadores e até, indicar um nome que sirva de alternativa para a disputa da Prefeitura.
Clair recebeu a equipe de reportagem do Jornal ABC e disse que há dificuldade para encontrar nomes que possam levar adiante a proposta de encabeçar uma eleição majoritária. “É um momento complicado. A sociedade não tem visto os políticos com bons olhos. As lideranças políticas tem se deteriorado no quesito de moralidade. Isso desmotiva algumas lideranças para assumirem cargos públicos”, justificou.
Durante entrevista que foi ao ar pela rádio Metropolitana de Corbélia, Spanhol negou interesse em disputar a Prefeitura. Disse que esse é um sonho pessoal, mas acredita que não seja o momento certo. Argumenta que o candidato precisa estar desapegado das coisas pessoais para se dedicar integralmente à comunidade. “Ainda não chegou este momento na minha vida”, disse.
Clair Spanhol contou que a professora Rosane Pitol (PMDB) é a candidata natural do grupo de oposição. “Primeiro precisamos consultar a Rosane. Caso ela não esteja disposta, começaremos uma discussão dentro do grupo”, declarou. “É a nossa líder, que foi capitaneada para a disputa passada. Se tiver interesse terá o apoio de todos”, argumentou.
Até agora nenhuma liderança do grupo parece ter conversado com a professora e nem com o esposo dela, o líder cooperativista, Valter Pittol. Clair Spanhol disse que essa conversa precisa ser feita nos próximos dias. Ele concorda com o ex-prefeito, Estanislau Frannus, de que o candidato precisa ser apresentado com bastante antecedência. “A pessoa que tem interesse precisa participar ativamente dos eventos sociais do município”, defendeu o pedetista.
Caso Rosane seja a candidata do grupo, Spanhol aceita ser convidado para disputar o cargo de vice-prefeito. “Estaria sendo premiado com uma lembrança do meu nome para ser vice de uma pessoa tão importante e muito admirada”, disse. “Acredito que possamos convencê-la a ser
candidata novamente, mas precisamos abrir a situação para um amplo diálogo”, defendeu.
Clair também comentou ligeiramente sobre alguns projetos locais. Disse, por exemplo, que o Município não tem condições financeiras para administrar o Hospital Municipal. “Acho que o mais correto é ceder para alguém que tenha interesse em explorar o hospital de forma empresarial. O Município de Cafelândia não suporta bancar a conta um hospital. Não adianta ninguém vir aqui, dizer que vamos fabricar dinheiro para construir um hospital, não adianta. Agora, precisamos organizar alternativas para a população ser tratada com dignidade”, afirmou.
Sobre a Festa do Frango ele diz que não faria o evento diante de outras necessidades maiores. “As prefeituras, de maneira geral, padecem de recursos. Mesmo que não agrade a muitas pessoas, se eu fosse o prefeito, não faria a Festa do Frango. Não é uma festa por ano que vai melhorar a diversão da comunidade”, justificou.
Outro assunto que ele se manifestou foi o caso do abastecimento de água e coleta de esgoto. Clair disse que a Sanepar tem selo de qualidade muito forte em saneamento. “Eu renovaria com o compromisso de que a empresa fizesse uma série de obras que o município precisa”, destacou. Sobre a municipalização dos serviços ele foi claro: “Tenho comigo que tudo o que se coloca dentro da administração publica vira mais despesa e menos resultados. Precisamos de um Município mais leve e não de um cabide de empregos”, disparou.