Estação para tratamento de esgoto de Cafelândia custará R$ 6 milhões
Audiência Publica foi realizada no auditório da Prefeitura
Cotidiano | Publicado em 18/07/2015 09:04
A Sanepar planeja transferir a Estação de Tratamento de Esgoto de Cafelândia para uma área na divisa com Nova Aurora. O projeto técnico já está pronto e foi apresentado na quinta-feira (26), durante audiência Pública, realizada no auditório da Prefeitura. A previsão de investimentos é de R$ 6 milhões. O valor exato vai depender dos preços a serem pagos nas indenizações. O projeto prevê a desativação total da estação que funciona no perímetro urbano. O local vem sendo motivo de reclamação por causa do mau cheiro.
Mas há uma série de entraves que precisam ser vencidos antes que a nova estação se torne realidade. O primeiro, considerado essencial, é a renovação do contrato de prestação de serviços entre Sanepar e Prefeitura. O diretor regional da Companhia, Renato Mayer Bueno, diz que sem esse documento não há nenhuma possibilidade de levar o projeto adiante.
Em 2013 o prefeito, Valdir Andrade da Silva, o Bugrão, começou o processo de renovação, mas houve interferência da Câmara de Vereadores. Alguns Membros do Legislativo entendiam que o serviço devia ser municipalizado. A proposta, até hoje, vem sendo questionada pelo vereador Edson Hanzen, o Torinho. Ele se mostra terminantemente contrário a renovação. Defende a municipalização do serviço, mas até agora não apresentou nenhum estudo que comprove a viabilidade da municipalização. Tudo o que se apega é o caso de Andirá que municipalizou o serviço.
Ainda assim, como a maioria dos vereadores é oposição ao prefeito, eles chegaram a aprovar um documento, proibindo o Município de renovar o contrato. Na época Bugrão, entrou com pedido de inconstitucionalidade do ato e, recentemente, a Justiça deu ganho de causa ao Município, derrubando a decisão dos vereadores. Agora, caso eles não estejam dispostos a discutir a proposta, o Município tem autonomia para fazer valer um contrato que venceu em 2003, e que prevê a renovação automática, mas que nunca foi discutido nas gestões anteriores.
“Perdemos muito tempo. Os vereadores que são contrários a renovação do contrato, dizem que defendem o povo mas, ao mesmo tempo, retardam um processo que agilizaria a solução do problema”, argumentou o gerente da Sanepar. Renato Bueno diz que são necessários pelo menos cinco anos para que o projeto da nova estação seja concluído. Nesse tempo a comunidade terá que conviver com soluções paliativas.
Ele criticou também, a forma como foi conduzido o processo de zoneamento da cidade. “Quando foi construída, aquela estação ficava bem distante da cidade, mas com o passar dos anos a Câmara de Vereadores aprovou loteamentos, sem levar em conta as particularidades da obra e hoje há loteamentos que ficam colados na estação. Obviamente que quem mora perto terá problema porque não houve um planejamento nem foi observada a limitação da obra que já estava implantada”, argumentou.
A Prefeitura ficou de organizar uma nova audiência pública, na primeira quinzena de setembro, para discutir detalhes sobre a renovação do contrato entre Prefeitura e Sanepar. A data ainda não foi definida e deverá ser anunciada oportunamente.