Corbélia, 28/11/2024
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Promotor enumera os crimes praticados na praça Brasília

O Promotor Rafael Muzy Bittencourt tem um farto material que comprova prática de ações criminosas na Praça Brasília

Cotidiano | Publicado em 20/06/2015 18:39

O Promotor de Justiça, Rafael Muzy Bittencourt, recebeu a equipe de reportagem do Jornal ABC para explicar os motivos da decisão de fechar o estacionamento da Praça Brasília. Durante entrevista exclusiva ele relatou que por traz dos supostos encontros de confraternização, estão sendo registrados crimes graves durante os fins de semana. Disse que foi constatada exploração sexual; abuso de menores; consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes e até consumo e tráfico de drogas. Além disso, registrou o inconveniente dos altos volumes de som, que provocam perturbação de sossego.
 
O promotor fez questão de destacar que não é contra os encontros de jovens, mas citou que os excessos é que o levaram a tomar esta decisão. Relatou que esteve pessoalmente no local e constatou que meninas com idade aproximada de 12 anos, estavam encima de carrocerias de caminhonetes dançando de forma erótica. Citou que em uma ocasião os policiais que fazem o patrulhamento daquela região, se sentiram acuados ao tentarem conter uma situação criminosa. “Foram obrigados a descer de arma em punho porque a população, cerca de mil pessoas, avançou sobre eles”, contou.
 
Rafael Bittencourt disse que as pessoas podem continuar se reunindo no local. Com o fechamento dos estacionamentos ele diz que os veículos poderão ser estacionados na rua. O que muda, segundo ele, é que na rua os policiais terão mais facilidade para abordar os “festeiros” e coibir os excessos. Disse que na praça ha muitas arvores e diversos pontos escuros, que dificultam o patrulhamento policial e favorecem o crime.
 
Durante a conversa, de aproximadamente uma hora, ele disse que tem um farto material que prova as irregularidades. São cerca de 40 equipamentos de som que foram apreendidos. “Não são toca-cds ou toca-fitas. São equipamentos potentes, com módulos de potência e até baterias auxiliares. Isso obviamente que emite um volume altíssimo durante as madrugadas e incomoda as pessoas”, disse.
 
Só na quarta-feira (17) o promotor participou de 10 audiências no Fórum de Nova Aurora. Quatro delas estão relacionadas a crimes praticados na Praça Brasília. Ele já orientou também os comerciantes da região sobre o horário de fechamento dos estabelecimentos. Entretanto constatou que a maioria dos frequentadores compra as bebidas em outros locais e as leva até a Praça.
 
Logo depois que o promotor tomou a decisão houve manifestações ácidas nas redes sociais, com críticas e, até provocações contra as autoridades. O promotor disse, entretanto, que não tem medo das ações que toma. Afirmou que aceita criticas porque entende que está sujeito a erro. Foi contundente ao afirmar que os excessos e provocações sejam elas de qualquer natureza, serão apurados. Disse que caso seja necessário, vai pedir ao Departamento de Crimes cibernéticos da Polícia para investigar e localizar os locais e as máquinas de onde partiram as ofensas para responsabilizar os autores.
Fonte: ABC News


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