Empresários instalados no Distrito Industrial de Corbélia enfrentam sérios problemas de infraestrutura e estão com dificuldade para expansão das atividades. A situação envolve desde a falta de pavimentação nas ruas, falta de segurança e até, falta de comunicação, uma vez que não há rede de telefonia fixa. O problema ficou evidente durante a sessão itinerante da Câmara de Vereadores, realizada na terça-feira (19). Durante mais de uma hora os empresários relataram dificuldades e demonstraram ansiedade para a solução dos problemas.

 

O Distrito Industrial parece estar sendo vítima de embate político. Por ter sido criado pelo ex-prefeito, Eliezer Fontana, que é adversário político do prefeito Ivanor Bernardi, não houve novos investimentos nos últimos dois anos. Hoje as 34 empresas estão praticamente ilhadas e há riscos. Um deles é visto logo na chegada. A saída da BR-369 para acesso ao Distrito Industrial é feita por uma estradinha clandestina. Os empresários pedem que seja feito um trevo de acesso.

 

O processo de documentação dos imóveis também continua parado e muitos se sentem temerosos para fazer investimentos. Erilvelto Soares Pinto, da Agroinsumos, aplaudiu a iniciativa do Legislativo, de se aproximar da comunidade. Relatou que é preciso investimento para a pavimentação das ruas. Disse que a mobilidade interna está comprometida já que, no barro, os veículos de carga enfrentam dificuldade. Disse que, há seis meses, procurou respostas com o chefe de gabinete da Prefeitura. Na ocasião, recebeu a informação de que seria marcada uma reunião, mas o encontro nunca aconteceu.

 

Gilvan Fontana, da Agrofontana, relatou a dificuldade de acesso ao local e cobrou a legalização dos imóveis. “Este é o maior distrito industrial da cidade e os empresários estão fazendo o que podem”, argumentou. Já Deolindo Frizzon, cobra a documentação dos imóveis. “Tem muito a melhorar, mas a documentação é a primeira coisa”, justificou.

 

O presidente da Câmara de Vereadores, Dangelles Decki tem realizado uma sessão itinerante a cada 30 dias. Esta foi a segunda vez que os vereadores se reuniram de forma descentralizada. A primeira foi no distrito de Penha.