Volume de acidentes na PR-574 é discutido na Câmara de Corbélia
José Heleno Milhome pediu providências para evitar novas tragédias na PR-474
Cotidiano | Publicado em 26/04/2015 15:52
O vereador José Heleno Milhome (PP) roubou a cena na última sessão ordinária da Câmara de Vereadores. Foi na segunda-feira (20) quando leu uma carta pedindo ajuda para acabar com o grande número de acidentes no trecho da PR-574, entre o distrito de Penha e a cidade de Cafelândia. Citou que muitas famílias foram destruídas por causa de acidentes, naquele trecho, e apelou dizendo que aquela poderia ser chamada de Rodovia das Cruzes.
Disse que, caso as cruzes fossem distribuídas ao longo do trajeto, seria possível colocar mais de uma cruz por quilômetro de estrada. Cada cruz, Segundo ele, representa uma tragédia registrada ao longo da rodovia. Milhome citou que tudo começa com uma curva acentuada, ainda dentro do perímetro urbano no distrito de Penha, há poucos metros do trevo de acesso à BR-369.
Solicitou que uma equipe de engenheiros do DER faça um estudo para descobrir quais são as causas para tantos acidentes fatais. Foi interrompido por Nei Pauvels que falou sobre o risco das grevilhas, às margens da estrada. As arvores foram plantadas, principalmente, no trecho entre o Rio Melissa e a cidade de Cafelândia, em uma extensão de, pouco mais de quatro quilômetros. É exatamente naquele trecho onde está concentrado o maior número de cruzes e coroas. Há situações em que elas foram colocadas há poucos metros de distância uma da outra.
Outro que se manifestou foi o vereador, Marcio Auache (PMDB). Ele disse que perdeu vários amigos naquele trecho, todos por acidentes de trânsito. Contou que o principal motivo dos acidentes é o excesso de velocidade, mas explicou que depois que os carros se desgovernam, não há nenhuma área de escape e terminam batendo nas arvores. O impacto dos carros nas árvores, normalmente provoca as tragédias.
“Claro que há o excesso de velocidade, mas as grevilhas contribuem de forma negativa para o agravamento dos acidentes”, relatou. Auache chegou a sugerir que as árvores fossem cortadas, mas pediu engajamento das autoridades de Corbélia e Cafelândia para evitar que novos acidentes venham a ser registrados.
O prefeito de Cafelândia, Valdir Andrade da Silva, o Bugrão, foi procurado pela equipe de reportagem do Jornal ABC. Disse que a situação é critica e concordou com o vereador Milhome. Contou que o grande número de tragédias marcou negativamente aquele trecho. Lembra que quando foi
vereador, chegou a pedir a derrubada das árvores. O caso, segundo ele, foi parar no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. Disse que, sem conhecer a realidade do município, a então ministra, Marina Silva o taxou de Vereador Motosserra. Ele explicou que na época já tinha sido expedida licença para a derrubada das grevilhas, mas depois do pronunciamento da Ministra a retirada foi proibida.