A Câmara de Vereadores de Corbélia vai investigar detalhes da reforma no Centro Cultural José Rubin. A confirmação é do presidente do Legislativo, Dangelles Decki. Os vereadores querem saber a dimensão do trabalho realizado pela Oberger Construtora Eireli, que demandou recursos na ordem de R$ 250 mil. O principal motivo está relacionado a um incidente registrado há poucos dias. Na quinta-feira (26), o forro do teto desabou, por causa da chuva. Só não houve consequências maiores porque o evento, que estava previsto para aquele dia, ainda não tinha começado.

O vereador, Marcio Auache, estava no local na hora do desabamento e foi autor de um requerimento aprovado pelo Legislativo durante sessão ordinária da segunda-feira (02). No documento ele pede o memorial descritivo da obra, onde constam todas as ações realizadas durante a reforma.

O vereador justificou que foi convidado para uma audiência pública sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico. Segundo ele, enquanto a população chegava para o evento, chovia muito e o teto, feito em material de PVC, desabou despejando uma grande quantidade de água dentro do auditório. O local danificado fica na parte direita do palco. O evento precisou ser cancelado de última hora.

O prédio passou por uma reforma interna que durou cerca de seis meses. As melhorias foram entregues em novembro do ano passado. O dinheiro foi disponibilizado pelo Governo Federal, através de uma emenda parlamentar do deputado, Dilceu Sperafico, liberadas por intermédio do vereador Dangelles Decki. A Prefeitura entrou com uma contrapartida, procedimento obrigatório em obras como esta, tocadas através de convênios.

Marcio Auache, autor do requerimento, afirma que a situação precisa ser investigada por técnicos já que compromete a segurança de quem acompanha eventos naquele local. Na época, foi anunciado que estavam sendo reformados banheiros, por apresentarem problemas no sistema de encanamento. Também foi trocado o piso, reformadas e pintadas paredes internas, trocadas as cadeiras do auditório e instalado o sistema de ar condicionado. Só no ar condicionado, teriam sido investidos R$ 40 mil.

Ao longo da semana a equipe de reportagem do Jornal ABC foi ao Centro Cultural e encontrou dois operários que realizavam reparos. Eles informaram que o que houve foi o entupimento das calhas. Elas teriam transbordado por causa do grande volume de chuva. Como a água acumulou o peso provocou o desabamento. Além do desentupimento das

calhas eles também trataram de fazer uma obra de canalização na parte externa do prédio para evitar que o volume de chuvas escorra para um terreno vizinho. Segundo eles, o problema estaria resolvido. O forro, entretanto, não tinha sido recolocado.