Há quase um ano são essas cápsulas brancas que mantém a qualidade de vida da pequena Maria Rita, diagnosticada com síndrome de dravet, a menina depende da medicação para controlar as convulsões e evitar o agravamento da doença.

 

"Vivíamos uma rotina horrível, basicamente a gente vivia no hospital, era toda semana, duas ou três vezes por semana e quando introduzimos essa medicação importada, depois de tentar tudo que temos no Brasil, ela já ficou seis meses sem ter crises", disse o pai de Maria Rita.

 

Depois de muita batalha a família conseguiu na justiça o direito de receber a medicação de graça do estado. Por seis meses foi assim, mas em fevereiro e agora em março a família não recebeu o remédio.

 

Nos últimos trinta dias e até o fim deste mês, Maria Rita está tomando a medicação reserva que era mantida pela família para emergências. A falta do medicamento assustou a família que tem reviver a angústia todo mês.

 

Com medo de também não receber o medicamento no próximo mês, a família pede ajuda da comunidade para comprar a medicação, o problema é que o pedido e o pagamento precisam ser feitos até o próximo dia 15. 

 

Cada caixa do remédio fabricado na França custa mais de R$ 4 mil e demora até 15 dias para chegar ao país. A família organizou uma rifa para arrecadar a quantia necessária, o município de Corbélia que ajudou no início do tratamento não pode comprar a medicação.

 

Segundo o secretário de saúde, Maria Rita não corre o risco de ficar sem a medicação, porque o estado se comprometeu a repassar o dinheiro à família até regularizar o estoque.