Bate chapa é inevitável na Câmara de Corbélia
Cotidiano | Publicado em 09/12/2014 12:36
A eleição da mesa diretora, da Câmara de Vereadores de Corbélia, vem sendo tratada como a oportunidade para que situação e oposição meçam forças.
Esta será, talvez, a primeira ocasião para um confronto direto
desde as eleições de 2012. O grupo de apoio do prefeito, Ivanor
Bernardi, pretende lançar, Edson Vianei Barella, um empresário experiente, Ministro de Eucaristia, que tem prestígio na comunidade empresarial. Já a oposição se espelha na figura do ex-prefeito, Eliezer Fontana, e não abre mão de Dangelles Decki, um moço jovem que transpira vitalidade.
Apesar de ter sido vitorioso na eleição majoritária, o grupo de
Ivanor sempre foi minoria no Legislativo e sabe que terá dificuldades para conquistar a presidência.
Entretanto não quer ficar ausente de um momento considerado importante e articula conversações no sentido de conquistar, pelo menos, dois votos que faltam para conquistar a vitória. “O grupo é pequeno, mas determinado. Vamos aguardar porque o trabalho está sendo bem feito”, argumentam os vereadores que apoiam a candidatura de Barella.
Na oposição, Dangelles Decki, já vem cuidando da candidatura há mais de seis meses. Esta postura ficou evidente nas sessões do Legislativo. Desde o início do ano, ele adota posições contundentes e treina oratória para que os discursos tenham efeito intenso nas trincheiras contrárias. Quem acompanha as sessões diz que é possível perceber, claramente, esta dedicação dele. Entretanto, em alguns momentos teve deslizes que, por muito pouco, não ensacaram o sonho da presidência. Um desses deslizes foi durante o processo de escolha das diretoras de escolas da rede municipal de ensino. Ele usou a Secretária Municipal de Educação, Marilu Pfeffer, para atacar o prefeito.
Dangeles foi veemente ao questionar uma suposta mudança no processo de escolha das diretoras. Não tinha conhecimento de causa e foi obrigado a ouvir críticas, severas, por ter propagado informações incorretas. Se recompôs, deu a volta por cima e, pouco tempo, depois voltou à cena. Continua dando palpites e sugestões, porém está sendo mais cauteloso nos pronunciamentos.
Analistas dizem que, por ser bastante jovem, Dangeles carrega o peso da inexperiência política e acaba sendo traído por si próprio.
“Há momentos que calar expressa mais sentimento”, explicam. “Por falta de experiência ele grita fácil e acaba traído pela própria língua”, afirmam. Entretanto, eles não questionam a liderança que Dangeles exerce junto ao grupo. “Ele vem amadurecendo de forma bastante rápida. Isso é bom porque forma uma nova liderança”, reconhecem.
Edson Vianei Barella faz o perfil dos que ouvem muito e falam pouco, talvez, pouco demais. Tem experiência em liderança, por causa da vida empresarial, e se mostra disposto a dialogar tanto com os companheiros quanto com adversários políticos. Não é de dar ouvidos a boatos e dizem, nos bastidores, que gosta de ter a casa em ordem. Este fator desagradaria alguns servidores do Legislativo.
Barella busca no grupo da oposição justamente os votos que precisa. Para isso, terá que usar de forma intensa, a conversação, uma ferramenta com a qual não tem muita afinidade. A eleição está marcada para segunda-feira (15) com início às 19 horas.