O clima por aqui é de expectativa, as famílias acampadas teriam até o dia 16 deste mês para saírem das margens da BR 369 entre Cascavel e Corbélia, onde estão morando há cerca de 10 anos. Desde a reintegração de posse da fazenda em outubro, as dúvidas são para onde e quanto as aproximadamente 70 famílias vão ser realocadas.

 

Com o prazo se aproximando os membros do MLST cobram informações. A data de saída daqui foi determinada pelo DER, a empresa que administra a rodovia aguarda resposta do departamento sobre o pedido feito pelo MLST de alongar o prazo de 120 dias, segundo o representante do movimento o pedido foi acatado.

 

A reposta sobre um novo local dos acampados se mudaram depende do INCRA que estuda compra de terras na região oeste do estado, as possibilidades são várias, entre elas, 90 mil hectares já em negociação com o instituto e outras três áreas.

 

Enquanto isso no acampamento a situação é a mesma de antes, os restos dos barracos retirados dos cinquenta e três alqueires invadidos permanecem às margens da BR, alguns membros foram embora e novos barracos foram criados para novos integrantes que chegaram. A reclamação de todos é que eles se sentem limitados.

 

A cerca é o que determina até onde eles podem ir, desde a reintegração uma equipe de segurança monitora a propriedade 24 horas, as terras onde antes eles plantavam milho, mandioca e amendoim agora estão sendo utilizadas pelo dono da fazenda, a expectativa do movimento é conseguir logo um novo local para plantar o que serve a eles de alimento.

 

Por enquanto a comida vem do INCRA, alguns dias uma cesta básica para cada família foi dada. Enquanto as decisões não saem, os acampados ficam no aguardo.