Oposição se organiza e já mede forças em Corbélia
Vereadores da oposição já impõem posições e ganham nas votações
Liderada por Dangelles Decki, a oposição argumentou que a lei representaria gastos desnecessários para a Cassemc. Em menos de dois minutos ele convenceu a maioria e literalmente ensacou o projeto, dando vitoria a oposição. O presidente da Cassemc, Francisco Celiomar, que acompanhou a votação, saiu contrariado. Segundo ele, o argumento da economia, propalado na justificativa da rejeição, não se sustenta. “A solução, agora, é optar por cargos comissionados”, disse o presidente.
A sessão seguiu tranquila, mas deixou nítida a ideia de que o grupo de oposição ao prefeito se organiza. Nos bastidores do Legislativo há uma insatisfação que atinge tanto a oposição quando os próprios companheiros políticos de Ivanor. O principal motivo é que eles se sentem desprestigiados. Nas argumentações da Cassemc, por exemplo, enquanto a oposição foi veemente, o líder do governo, Edson Barella, preferiu o silêncio.
Vereadores lembram que já foram encaminhadas mais de 300 indicações ao Executivo durante o mandato de Ivanor e apenas cinco ou seis foram executadas. Indicações são sugestões que os vereadores fazem para pequenas obras que possam melhorar a qualidade de vida da população. Uma delas, por exemplo, pede que o prefeito instale um bebedouro na rodoviária. Outras pedem a instalação de abrigos nos pontos de ônibus. Algumas pedem construção de redutores de velocidade e outras o cascalhamento de alguns trechos. “São coisas simples, que ajudam o prefeito, mas ele não atende nenhuma”, explicou José Milhome.
Com este cenário o prefeito começa a enfrentar uma nova época que parece ser cheia de pedidos de explicações. Depois da derrubada do projeto da Cassemc, na segunda-feira, os vereadores também aprovaram um requerimento, que nos próximos dias deverá chegar a mesa do Secretário de Finanças, Darci Coraça, considerado o homem forte do governo. Eles pedem explicações detalhadas sobre os gastos com os Bombeiros Comunitários. Ivanor tenta transferir para o Estado a responsabilidade pelo serviço. Os vereadores concordam, mas acham que o valor pago precisa ser melhor explicado.