Um dos principais nomes do motocross brasileiro está mudando de carreira e de apelido. Eduardo Saçaki, o "japonês voador", agora é padeiro e já é chamado de "japonês do sonho" na cidade de Corbélia, no oeste do Paraná, onde mora atualmente. As transformações na vida do ex-campeão começaram após acidentes quase fatais que deixaram cicatrizes e sustos. Nascido em 11 de maio de 1969, em Curitiba, Eduardo ainda era bebê quando dava sinais do que queria da vida:
- Tenho uma foto em cima da minha bicicletinha, um tipo de triciclo, que era a minha paixão
Anos depois, em 1983, Saçaki estreou no motocross profissional. Levou o título de vários campeonatos estaduais, brasileiros e latino americanos. Aperfeiçoou e popularizou uma das manobras esteticamente mais bonitas do esporte, em que deita a motocicleta no ar e volta à posição original, antes de tocar o solo. Foi o que lhe eu o apelido de "voador". Também criou fama de cabeça quente ao travar duelos ao longo de toda a carreira com Jorge Negretti.
- Às vezes o clima também complicava fora das pistas e a gente se enfrentava (risos). Mas era coisa de garotos que queriam vencer em tudo - brinca.
A moto de número 89 estava sempre na mira dos fotógrafos e chegou em primeiro em centenas de corridas. Mas o piloto também virou notícia devido a graves acidentes. O primeiro deles foi em 1991, enquanto disputava o Campeonato Japonês de Motocross. Após a queda que causou uma lesão na coluna, o então corredor de 22 anos ficou três meses internado em um hospital japonês. Recuperado, voltou a competir.
O acidente seguinte foi o mais grave. Em 2005, Saçaki tentou um salto difícil na pista de Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul. C
- Gastei quase R$ 1,5 milhão com tratamentos. Era tudo o que eu tinha e muito mais.
Foram três anos e meio de recuperação e, mesmo assim, voltou a competir. Em abril de 2014, Eduardo participou da abertura do Campeonato Paranaense de Motocross, em Toledo, no oeste do estado.
- Eu tinha treinado pouco na pista e, apesar disso, estava me sentindo arrojado. Cheguei à segunda posição e fui ousado demais na tentativa de alcançar a liderança. Acabei caindo. Foram mais quatro costelas quebradas - relembra Saçaki, que ouviu o pedido da avó, de 89 anos, e do avô, de 92. - Eles não querem mais que eu corra. E eu não quero fazê-los sofrer - completou.
Novos sonhos
A inspiração para entrar no ramo da panificação também tem influência familiar. A avó vende coxinhas em Apucarana, no norte do Paraná; a mãe tem um quiosque de comidas em Peruíbe, no litoral de São Paulo; e o pai é dono de uma indústria de pães em Curitiba.
- A pedido do meu pai, em 2009 eu já havia feito um curso de padeiro e cheguei a trabalhar dez meses em panificadoras de Curitiba. Foi onde adquiri o know-how necessário para começar a produzir os meus próprios pães.
Em uma casa recém alugada, onde mora com a esposa, Saçaki montou uma cozinha com equipamentos industriais. Produz três tipos de
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- Fazer pães e sonhos é bom para mim. Me t