Corbélia, 25/09/2024
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Audiência pública discute a extração de gás de xisto

Cotidiano | Publicado em 22/03/2014 10:54

Está marcada para sexta-feira (28), no auditório da Câmara de Vereadores de Corbélia a audiência pública que vai discutir a instalação, em áreas do Oeste do Paraná, de usinas para a exploração de gás de xisto. O assunto é bastante polêmico e gera protestos ao redor do mundo. O encontro é promovido pela Associação das Câmaras de Vereadores do Oeste do Paraná (Acamop), e será realizado a partir das 14h30. Os vereadores decidiram abrir uma discussão porque afirmam que a exploração é extremamente prejudicial ao meio-ambiente.

Gilberto de Souza, que ocupou a cadeira de vereador até segunda-feira (17) já participou de outros eventos relacionados ao tema, espera uma manifestação de toda a sociedade para impedir a instalação dessas usinas. Ele afirma que em locais onde foram instaladas, as áreas de terra perderam completamente o valor imobiliário. Além disso, o processo de exploração é extremamente nocivo ao meio-ambiente porque contamina os lençóis freáticos. Diz que caso as usinas sejam instaladas no Paraná, podem comprometer o aquífero Guarani que responde por cerca de 40% do abastecimento de água no Brasil.

“Estou sabendo que em Cascavel já estão cadastrando pessoas para trabalhar em uma dessas usinas”, disse. Gilberto de Souza afirmou que vários países da Europa possuem áreas condenadas por causa da exploração do gás de xisto. “Na Argentina, o Papa Francisco interviu na exploração e o processo foi suspenso. Ainda assim, a maçã argentina passou a enfrentar resistência de mercado por causa dos efeitos que os produtos químicos utilizados na extração do gás exercem nos frutos”, disse.
“Precisamos fazer uma grande mobilização para que esta praga não chegue aqui”, conclamou. Gilberto conta que no processo de exploração do gás de xisto são utilizados 609 tipos diferentes de produtos químicos nocivos à saúde humana. O Piauí, segundo ele, conseguiu suspender o processo de instalação das usinas por um período de cinco anos até que sejam estudadas formas menos agressivas para a exploração do combustível. A Audiência em Corbélia tem entrada franca e estão sendo esperadas centenas de pessoas.
Fonte: Jornal ABC News


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