A data ainda não foi marcada, mas a previsão é de que o radar meteorológico do Simepar comece a funcionar em março. O equipamento é capaz de prever tempestades em um raio de até 400 quilômetros e vai ajudar na previsão do tempo. Além disso, será utilizado para emitir sinais de alerta para determinadas regiões do estado. O equipamento está sendo construído em Cascavel e têm condições de prever o tipo e a intensidade do temporal, desde granizo, rajadas de vento, chuvas torrenciais e até geadas.
O governo do estado investiu R$ 9 milhões no projeto, que começou a sair do papel no final de 2012. A torre, em concreto armado, tem 12 metros de diâmetro e 25 metros de altura. A empresa responsável pela instalação do equipamento já realiza testes desde o fim de fevereiro. Ao longo da semana foi realizada a chamada sintonia fina do equipamento eletrônico. Este ajuste deve ser concluído nos próximos dias e, a partir de então, a obra será dada como concluída.

Itamar Moreira, coordenador de infraestrutura do Simepar, explica que este é o segundo radar instalado do Paraná. Outro igual foi construído em Teixeira Soares, no Centro-sul do estado. Quando estiver operando definitivamente o radar poderá prever com 99% de acerto, qualquer temporal que se aproxime da região. “A área a ser monitorada é de 400 quilômetros. Vai englobar Oeste, Sudoeste, Noroeste e parte da região Norte do Paraná, além de Santa Catarina, Paraguai e Argentina”, comentou Itamar.
O equipamento também vai emitir sinais de alerta com até 12 horas de antecedência, informando sobre a aproximação dos temporais. Este é o tempo que o governo precisa para mobilizar as equipes da Defesa Civil e, em caso de necessidade, evacuar áreas de risco para evitar tragédias.

Os sinais de alerta emitidos pelo radar serão repassados pelo Simepar para as comissões de Defesa Civil nos municípios que venham a ser atingidos pelas intempéries. São essas comissões que estão encarregadas de trabalhar junto à população atingida para minimizar os impactos ocasionados pelas tempestades. Os integrantes das Comissões de Defesa Civil passaram por treinamentos para agir com mais eficiência.

O ponto de instalação do radar foi estrategicamente pesquisado. “Aqui é uma região onde o relevo contribui bastante para o monitoramento. Além disso, é possível prever as mudanças climáticas que saem do Paraguai e da Argentina. São correntes atmosféricas com ampla atividade e muito constantes em nossa região”, destacou.