Corbélia depende da liberação do Governo Federal para reconstrução
Cotidiano | Publicado em 22/10/2013 15:10
A demora na liberação de recursos federais para a reconstrução de Corbélia está colocando famílias inteiras em situação de extrema vulnerabilidade. No sábado (20) completou um mês que o município foi assolado por uma das piores tempestades de toda a história e, ainda restam mais de 600 casas descobertas. O motivo é que as famílias estão sem condições para a reconstrução. Dois dias após a tempestade o governador, Beto Richa, esteve em Corbélia e hipotecou apoio. Mais de 800 casas foram atendidas com a ajuda do Estado.
Por causa da gravidade da situação o prefeito, Ivanor Bernardi, decretou situação de emergência que foi reconhecida, tanto pela Coordenação Estadual de Defesa Civil, quanto pelo Ministério da Integração Nacional. Entretanto os recursos na ordem de R$ 3 milhões, que deveriam ter sido liberados pelo Governo Federal na semana seguinte ao incidente, ainda não foram depositados. O dinheiro que está sendo aguardado é de fundamental importância para a reconstrução de parte do que foi destruído. “É esse dinheiro que vai comprar as telhas para famílias que não têm condições financeiras”, contou o prefeito.
A Defesa Civil do Município possui uma lista com mais de 600 famílias que continuam morando de forma muito precária. Com as chuvas dos últimos dias houve correria para evitar que mobília e vestuário fossem novamente atingidos. “Imagina como é triste a situação das famílias que moram em uma casa onde o telhado está todo destruído”, argumentou o prefeito. “Obvio que essas pessoas estão vulneráveis. É uma situação desumana porque a qualquer chuva a casa fica toda inundada”, disse Ivanor.
Ele afirma que o dinheiro para a reconstrução já deveria ter sido liberado.
“Com essa demora os móveis que restaram vão se deteriorando, as roupas se perdem e a própria saúde da população fica sensível. Imagina dormir mais de um mês ao relento, no molhado, com crianças, idosos e trabalhadores”, questiona. “Isso causa revolta, mas infelizmente estamos de mãos amarradas”, desabafou o Ivanor que diariamente tem recebido dezenas de pedidos de ajuda. Ele tem feito contatos telefônicos diários com representantes do Ministério da Integração, em Brasília, mas até agora não foi ouvido. “O que temos ouvido são promessas de um dia para o outro mas até agora a ajuda não chegou. Esta é a verdade. O governo é moroso demais para atender situações como a nossa”, diz o prefeito.
O prefeito lembra ainda que a Escola Municipal São José, já está tendo seu telhado trocado. “A prefeitura contou com uma doação da empresa de produtos agrícolas FMC no valor de R$ 30 mil, por intermédio da Coopavel, o restante foi custeado pela prefeitura. Agora todos os nossos esforços estão voltados para a Escola Castro Alves. Estamos aguardando recursos do Governo Federal para iniciarmos a reforma.” Finaliza o prefeito.