Corbélia, 28/09/2024
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Líder ruralista defende tolerância zero ao MST

Cotidiano | Publicado em 24/04/2008 20:10

Em mais um dia de protestos no Paraná, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) voltou-se ontem contra as praças de pedágio. No início da manhã 11 das 27 praças do Estado chegaram a ser invadidas, mas três   liberadas pela manhã. A manifestação faz parte do Abril Vermelho, que lembra o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, onde 19 trabalhadores rurais foram mortos durante uma ação da Polícia Militar. O MST também protesta contra a existência de milícias armadas no Paraná e pede agilidade no processo de reforma agrária.
Os manifestantes liberaram as cancelas e os motoristas passaram sem pagar a tarifa do pedágio. A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, regional Paraná, informou que adotou imediatamente as medidas judiciais cabíveis. Os funcionários das praças de pedágio foram orientados a deixar as cabines para evitar confrontos e aos manifestantes foi solicitado que sinalizassem aos motoristas para baixar a velocidade, como forma de evitar acidentes.
Reintegração
A Viapar recebeu no início da tarde de ontem, da Justiça Federal, mandado de reintegração de posse da praça de Mandaguari, que por volta das 8 horas de quinta foi invadida por militantes do MST. Na região Oeste, foram ocupadas as praças de São Miguel do Iguaçu e de Candói, na BR 277, sob responsabilidade da Concessionária Rodovia das Cataratas. Elas foram liberadas aos poucos.

Carajás
Cerca de 800 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores na Mineração e ao MST ocuparam ontem a Ferrovia de Carajás, em Parauapebas (PA). A ferrovia liga o Pará ao Maranhão. Em Sergipe, manifestantes do MST ocuparam uma usina na região de Canindé de São Francisco. O movimento afirma que são cerca de 800 famílias no local. Eles cobram do governo a agilidade das obras em um assentamento e também rapidez na reforma agrária. Houve manifestações em vários estados brasileiros.


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