Corbélia, 28/09/2024
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Sem-terra avisam que não vão deixar fazenda

Cotidiano | Publicado em 07/11/2007 10:30

A partir de
hoje Estado
pode determinar
força policial

Cascavel – Venceu ontem o prazo de cinco dias estabelecido pelo juiz da 2ª Vara Cível da Comarca de Cascavel, Carlos Eduardo Stela Alves, para que os integrantes do MST (Movimento Sem Terra) deixassem pacificamente a Fazenda Castelo, localizada no Complexo Cajati. A partir de hoje o Estado tem 30 dias para o disponibilizar a força policial para executar a ordem de desocupação e conceder reintegração de posse à Agropecuária Festugatto, proprietária da área, sob pena de multa diária de R$ 5 mil à pessoa do governador Roberto Requião.
As famílias, que ampliaram em 254 hectares a invasão no mês passado para o plantio de milho, feijão e mandioca, continuam no local. Os líderes alegam que não estão morando na propriedade em questão, mas no acampamento Dorsolina Folador, há dois quilômetros do local, motivo que entendem como suficiente para permanecer na área. Eles negaram ontem que tivessem sido notificados da decisão judicial, mas o oficial de justiça Luiz Carlos Barros informou que no dia seguinte à decisão, terça-feira, 30, esteve no local e transmitiu o conteúdo verbalmente aos sem-terra. Hoje ele volta à fazenda para verificar o cumprimento da reintegração.
Até o início da noite de ontem o comandante do 6ª Batalhão de Polícia Militar de Cascavel, major Celso Borges, não havia recebido a ordem judicial. De acordo com ele, a operação só será desencadeada a partir do momento que o governo do Estado autorizar o ato, uma vez que a ação demanda recursos humanos e materiais.
Esta não é a primeira vez que a Justiça estabelece multa pessoal ao governador para o cumprimento de reintegrações. A primeira foi recentemente, quando a Justiça estabeleceu R$ 2 mil de multa diária para o governador Requião cumprir a desocupação da fazenda experimental da Syngenta Seeds, localizada em Santa Tereza do Oeste.


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