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Mercado prevê queda na venda de leite

Cotidiano | Publicado em 26/10/2007 21:20

Consumidor de deve migrar para leite em pacote

A adulteração de leite UHT e pasteurizado ou longa-vida identificado em Minas Gerais põe em xeque a qualidade dos produtos comercializados no País. O setor leiteiro já estima a queda de 10% no volume de vendas do leite nos supermercados. Em Cascavel, os consumidores ainda estão divididos sobre o assunto, mas cobram maior rigor na fiscalização por parte dos órgãos de controle sanitário em relação à qualidade do leite no mercado.  
A queda nas vendas está sendo estimada pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite do Brasil (Leite Brasil) por conta da adulteração encontrada em duas cooperativas de Minas Gerais. As empresas adicionavam desde soda cáustica até água oxigenada para aumentar o volume do leite. Em vários estados, órgãos de defesa do consumidor e a própria Polícia Federal iniciaram ações para verificar a qualidade do leite em caixinha.
A Nestlé e a Parmalat, que compravam leite das cooperativas Copervale e Casmil informaram que seus produtos não estão comprometidos. Em Cascavel, a Polícia Federal já recolheu amostras dos produtos comercializados nos supermercados para enviar a Minas Gerais. “Vamos conversar com o Ministério Público Estadual e estabelecer um plano de fiscalização”, disse o coordenador do Procon de Cascavel, Manoel dos Santos. Segundo ele, essa fiscalização pode ocorrer nos próximos dias.

VENDAS
Em relação às vendas, as grandes redes de supermercados ainda não sentiram o efeito das irregularidades encontradas em Minas Gerais. “Ainda não deu para sentir diferença nas vendas do leite longa-vida. A repercussão é grande entre os clientes. Isso deve refletir um pouco nos próximos dias”, avaliou Ilde Joffre Muffato, gerente do Muffatão Supermercados, da Neva.
“Há uma pequena queda na comercialização do leite longa-vida. Algumas marcas devem sofrer boicote por parte dos consumidores”, disse Gilmar Gomes, gerente da loja central do Super Beal.
Ele disse acreditar que as vendas de leite em pacote (mais natural) vão crescer com o problema verificado em Minas Gerais. Já os consumidores ainda se dividem sobre uma possível mudança de hábito na hora da compra.
“Em casa a gente consome leite em caixinha, mas já penso em trocar”, disse a dona de casa Nadir Montini Ribeiro. Ela disse que a opção pelo leite longa-vida se deve à sua praticidade e durabilidade.
“A gente até pensa em mudar, mas é difícil porque não temos tempo para ir toda hora na padaria ou no supermercado para comprar o leite em pacote, que tem uma validade pequena que o leite em caixinha”, explicou a jornalista Angelita Bittencourt.
As duas consumidoras, porém, concordam em uma questão: maior rigor na fiscalização dos produtos ofertados no mercado.  


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