Dia 14 de agosto de 2012 marcou a 49ª Delegacia Regional de Corbélia por momentos de tensão.

        Devido a algumas benesses que foram cortadas dos detentos em virtude de desobediências que subverteram ordem e a disciplina dentro da Cadeia.

        Há alguns dias os presos começaram a refugar a comida mandada pelo Estado. Imediatamente o delegado de Polícia, Denis G. Z. Merino, trancou-os nas celas, determinando que não fossem liberados para área comum da cadeia e banho de sol enquanto não aceitassem a comida enviada pelo Estado, que é de boa qualidade, bem como não permitiu acesso à comida suplementar enviada pelos familiares. Segundo o Delegado: “quando há subversão na ordem e disciplina dentro da cadeia medidas drásticas hão que ser tomadas sem demora. Tais atitudes deixaram os presos irados, porém estavam nas celas sem acesso à área comum, o que dificultava o amotinamento e uma ação violenta por parte deles mais drástica.

        Assim sendo, jogaram no chão os alimentos (marmitas), começaram a bater nas grades, ameaçar a integridade física detentos que não queriam participar da rebelião.

        Imediatamente o Delegado de Polícia, com seus investigadores e com dois policiais militares de plantão, identificaram os líderes, que eram cinco presos. Tiraram três para o chamado seguro. Foi utilizada munição não letal (munição calibre 12, antimotim) para contenção de distúrbios de multidão.

        Foi oficiada a Vara de Execuções Penais de Cascavel (VEP) para que determinasse a remoção imediata dos subvertores, líderes da rebelião, para Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC).

        No mesmo dia a remoção foi efetuada com apoio da polícia civil de Cascavel (15ª SDP).

        Segundo o Delegado: “os presos que incitaram a rebelião eram de fora e queriam regalias, o que de pronto foi rechaçado. Em represália os presos começaram a subverter a ordem e a disciplina. Mas a rebelião, contando com a remoção dos rebelados foi controlada em menos de quatro horas, sem feridos.”

        Os presos transferidos ameaçaram a vida e a integridade física do Delegado local e de sua família, dizendo que quando saírem sofrerá as consequências por tê-los transferidos para a PEC, que é uma penitenciária temida pelos presos, tendo em vista o rigor com que cumpre a lei e a impossibilidade absoluta de fuga. O Delegado finalizou dizendo que tomará as medidas legais cabíveis contras as ameaças sofridas.