Os consumidores que costumam freqüentar o mercado uma vez por mês levaram um susto nos últimos dias. O preço do leite subiu até 40,2% no decorrer de junho, em função da falta do produto no mercado interno, motivada pela entressafra e pelo aumento das exportações. E o panorama tende a piorar. Há poucos dias o IGP (Índice Geral de Preços) anunciou o maior aumento em sete anos. Especialistas da FGV (Fundação Getúlio Vargas) afirmam que a alta já se espalha pelos derivados do produto e que o litro de leite pode chegar a R$ 3,00 em agosto, acima, inclusive, de alguns cortes de carne de segunda. Também se percebe que nos supermercados não há tanto estoque. Em Cascavel, as pilhas baixas não significam muita saída, afinal o litro do leite chega a custar R$ 2,25 em algumas lojas, contra R$ 1,09 encontrado a cerca de um mês atrás. Ao que tudo indica os preços devem ficar estáveis apenas em setembro, conforme a ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida). MAIORES AFETADOS No setor atacadista, os destaques são as elevações de preços em leite pasteurizado (5,13%); leite em pó (5,98%); leite condensado (2,85%); creme de leite (2,75%); coalhada e iogurte (1,93%) e farinha láctea (0,65%). No varejo, os aumentos de preço mais relevantes, relacionados à alta do preço do leite, foram registrados em mussarela (4,26%); iogurte (1,22%); e leite fresco (2,28%).